domingo, 12 de janeiro de 2014

Autoridade: mandar ou conduzir?

A partir do momento em que nos tornamos responsáveis por um ser totalmente dependente, é claro que temos autoridade sobre ele, mas onde termina esse direito? Afinal trata-se uma outra vida, e, como eu defendo que ninguém é dono de ninguém, como e quando eu posso “mandar” num filho? E se não mandar, como ele vai se orientar? (Dever "obediência" ecoa muito grosseiramente na minha cabeça).

Numa situação em que você tenta ensinar ao filho a ter responsabilidades, com algo simples como arrumar a própria cama, o certo seria simplesmente mandar o filho fazer tal coisa ou orientá-lo a tal, convencendo-lhe de que este seria o melhor pra ele? Sim, eu sei que esse discurso soa meio “politicamente correto” demais e muito moralista, mas eu realmente tenho dúvidas sobre esse poder de autoridade de um pai, pondo em pauta a possibilidade de criar um filho apenas dando as alternativas pra que ele próprio faça suas escolhas, sabendo que cada uma traz consigo uma consequência, tentando conduzi-lo para o que eu acredito ser o melhor pra ele. Mas se você visse seu filho em uma situação complicada, optando por algo que nitidamente não será bom pra ele, qual seria a sua reação? Obviamente você tentaria o impedir.


Talvez o ideal seja procurar um equilíbrio entre mandar e conduzir, dando o direito de escolha à criança em situações mais simples em que, mesmo que ele faça a escolha errada, nada de extremo lhe acontecerá e com isso, quem sabe aos poucos, ele vá aprendendo a optar sozinho pelos melhores caminhos, né?

2 comentários:

  1. Com certeza tem que haver um equilíbrio onde nessa balança sempre pese mais o amor e a justiça, guia-lo para que ele forme um bom caráter e índole, para que se torne sempre propenso a amar e fazer a bondade ao próximo, no meu pensamento eu particularmente seria "um coruja" ao máximo, protegendo e tentando observar cada passo, mas eu sei também que todo pássaro tem que pular do penhasco para bater asas e sair voando mundo afora, existem coisas que ele tem que aprender por isso só, tem sim que ser dada a liberdade para erros e acertos, mas sem nenhuma supervisão só depois de o pássaro já tiver levantado voo e assim auxiliá-lo nos momentos difíceis e acolhe-lo no antigo ninho com as melhores palavras possíveis depois da tempestade.

    Conduzir talvez seja uma forma sutil de mandar, mas isso realmente se torna irrelevante perante o amor que é gerado por qualquer ser humano normal e sua cria, maus costumes muitos tem, isso influencia e talvez alguns pensem que filhos são mordomos, mas pra quem tem o minimo de bom senso saberia facilmente destingir exploração, posseção, educação e boa vontade.

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  2. Isso mesmo... Bom senso e equilíbrio, são atitudes "chaves" na educação. Também ensinar que o direito de alguém termina onde começa o da outra pessoa.

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